segunda-feira, fevereiro 20, 2006

 

A IMPORTÂNCIA DO PODER AOS MILITANTES

Analisando a actualidade do blogue dos nossos camaradas oponentes (nem
adversários, nem inimigos), parece que a imagem de marca que pretendem deixar se limita, por um lado a reafirmar o apoio à sua equipa, o que é, no mínimo, redundante, porque não passaria pela cabeça de ninguém que deixassem de o fazer, como pelo contínuo martelar no velho tema dos "coitadinhos" que até nem sabiam se pretendiam a recandidatura, quando, como é óbvio, sempre o souberam, muito antes de qualquer outro conjunto de militantes.

Na realidade, como faz a lista A, continuar a afirmar que partiram em
desvantagem, tendo organizado a sua lista apenas em poucas semanas, soa-me a "blá blá" sem consistência real, especialmente tratando-se de uma lista emanada de quem está no poder.

Como é evidente os militantes da secção não são parvos e não se deixarão
"levar" por esse tipo de argumentos.

Adiante...

Lembro-me das intervenções públicas, por exemplo, dos camaradas Duarte Nuno Simões, Edmundo Pedro, Miguel Teixeira e de um outro camarada, professor universitário e sindicalista, de que não recordo o nome, lançando no ar o grande debate que deve nortear a nossa actividade, especialmente quando o nosso partido é poder.

É inegável que o governo do PS tem pugnado por efectuar as reformas que o
país necessita, para levar de vencida o atraso crónico de que enferma a
sociedade Portuguesa.
Por isso é vítima da ofensiva dos sectores que, temendo a perda de importantes regalias e privilégios, se organizam no sentido de tentarem travar essas reformas.

Simples, não é?

Como "nem tudo o que luz é ouro", as coisas não se passam sempre
exactamente desta forma.

Esta divergência entre o suposto bem e o eixo do mal, muitas vezes, dá
asneira.

Por um lado o governo é levado a assumir que tudo o que faz é bem feito, sendo a contestação um mal necessário num regime democrático. Já os que se lhe opõem, até para não perderem o comboio para outros mais dinâmicos e radicais, actuam exactamente no sentido inverso.

É aqui que entra o MILITANTE do PS.

Com efeito o nosso partido é (talvez o único) composto por uma amálgama de pessoas provenientes de todos os quadrantes da sociedade:
Empresários e empregados, na função pública e na actividade privada, sendo
alguns sindicalistas, curiosamente em Sindicatos, quer da UGT, quer da CGTP, professores e alunos, quadros superiores e pessoas com funções menos especializadas, etc, etc, (seriam necessários muitas linhas para enumerar a diversidade ) num atravessamento horizontal propício à discussão equilibrada, serena e construtiva do que, como foi afirmado por diversos camaradas, em várias assembleias, queremos para o partido e, consequentemente, para o país.

O militante do PS tem o direito - e o dever - de participar previamente na
concepção e feitura das grandes reformas que vão moldar - positivamente,
esperamos - este "rectângulo à beira-mar plantado".
É ao nível mais baixo, da secção do partido, que todo este edifício
político deve começar a ser construído.

No entanto toda a estrutura de organização das reuniões deve sofrer
alterações. Não se pode chamar debate aos simples três minutos com que são brindados, já pelo adiantado da noite, os pobres militantes, desejosos, não só de apresentar os seus pontos de vista, mas de verem discutidas as suas propostas, poderem argumentar, intervindo, se necessário, por diversas vezes, sempre sob o controlo do Presidente da Mesa.

O uso das novas tecnologias, como o blogue ou o site da internet, transformados em areópagos de livre discussão de ideias também podem suprir alguma falta de tempo para aprofundar algumas das discussões mais polémicas.

O programa da Lista B é bem claro nestes pontos.

Só com a consciência de que foi com o seu contributo que todas as grandes
reformas da sociedade portuguesa serão moldadas o militante pode, com alma, dinamismo e apego a uma causa, ser chamado a esta grande luta que, esperamos, nos volte a conduzir a uma real e duradoura sintonia com a maioria do povo português.


José Carlos Alves Sequeira

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