sábado, fevereiro 11, 2006

 

Porque apoio esta lista?

Há várias razões que me levaram, primeiro a apoiar, depois a participar neste
projecto para a secção de Alvalade do Partido Socialista:

1. A proximidade.

Conheço o António Miguel há muitos anos. Sei do trabalho que ele dinamizou em prol do associativismo popular, em tudo o que existe de mais genuíno e puro, na direcção da Associação de Moradores, onde a vertente de apoio aos "mais antigos" é a face mais visível.
Por outro lado tenho um parentesco, por afinidade, com a Ana Catarina. Mas não se trata apenas de apoiar "os nossos" por serem nossos amigos ou
familiares. Há todo um conjunto de capacidades que serão, sem dúvida,
colocadas ao serviço do PS.
Finalmente, o entusiasmo colocado, pelo Miguel Teixeira, em todas as
intervenções a que tive oportunidade de assistir, dão-me a garantia de estar
perante um "animal" político de elevada craveira que merece ser aproveitado
para lugares de responsabilidade no partido.

2. A vigilância.

Entrei para militante do PS no rescaldo da derrota honrosa das eleições
legislativas de 2002. Em todas as reuniões em que participei colhi a noção
de que existem duas versões do Partido Socialista, uma para tempos de
oposição e outra para quando é governo.
Efectivamente, nesta última situação, apossa-se do PS um autismo completo em relação aos seus militantes. A passagem do Secretário Geral e Primeiro
Ministro - também - para coordenador da Comissão Política (não sei se
é exactamente assim que se designa o cargo) no sentido de " o Partido servir
mais de apoio ao Governo" faz perceber que podemos estar em presença de mais uma tentativa de domesticar futuros desvios, como aqueles que motivaram a fuga, em poucos meses, de uma parte importante do nosso eleitorado.
Não gostaria de fazer parte de um Partido semelhante ao PC, onde a direcção das iniciativas é SEMPRE de cima para baixo, cabendo aos militantes o papel de dóceis seguidores das políticas decididas pelas cúpulas.
Também o tipo de partido, não de militantes, mas sim de apoiantes, numa
espécie de SAP (Sociedade Anónima Política), por analogia com as SAD's
(Sociedades Anónimas Desportivas do Futebol), onde o sócio é quase
substituído pelo adepto e, no nosso caso, o militante pelo apoiante, de que é
exemplo flagrante o Bloco de Esquerda, não preenche o meu imaginário. O PS, para fazer jus à sua tradição democrática, deve cultivar a verdadeira
isonomia política, de baixo para cima, num combate permanente pelo respeito dos princípios que norteiam a sua ideologia, balizada pelo sentir das bases que o compõem.
Esta lista dá mais garantias, por um lado, de apoio independente às políticas
do PS/GOVERNO, mas, por outro, de vigilância crítica, no interior do Partido.
O facto de estarmos perante um período sem eleições não permite pensar que o combate vai ser mais fácil ou que - à moda do que sucedeu com o Cavaco, após a adesão à UE - vamos conseguir popularidade em 2009.

3. A renovação.

O camarada Mário Lourenço, a quem eu endereço cordiais saudações, pelo que tenho lido, deixou de fazer parte do leque de escolhas para a Secção de
Alvalade. Enquanto assim não foi manifestei-lhe sempre a minha solidariedade política apoiando sem reservas as listas em que se apresentou.
Em democracia a fidelidade não se transmite aos pretensos herdeiros. Neste
momento estou moralmente livre para apoiar quem me merece mais confiança.


José Carlos Alves Sequeira

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